China desenvolve ferramenta de IA militar baseada no Llama, da Meta

Pesquisadores chineses adaptam modelo de linguagem Llama para desenvolver o ChatBIT, IA voltada para inteligência militar

Interface de IA avançada utilizada para análise de inteligência em contextos militares.

China desenvolve o ChatBIT, IA militar baseada no modelo Llama da Meta

Recentemente, pesquisadores de universidades chinesas revelaram a criação do ChatBIT, uma ferramenta de inteligência artificial projetada para fins militares, construída a partir do Llama 13B, modelo de linguagem de código aberto desenvolvido pela Meta. A informação, divulgada pela Reuters, sugere uma nova aplicação estratégica para a IA no setor militar, ampliando as capacidades de coleta e análise de dados para a tomada de decisões.

O ChatBIT possui funcionalidades avançadas para realizar diálogos e responder perguntas específicas do contexto militar, mostrando-se superior a alguns modelos populares de IA generativa, como o ChatGPT-4, da OpenAI. Contudo, o sistema foi treinado com uma quantidade limitada de dados: apenas 100 mil diálogos militares. Isso é um número reduzido comparado aos datasets frequentemente utilizados em outras IAs, o que torna seu desempenho significativo mesmo com menos dados.

Potenciais Aplicações e Restrições

Além de responder questões militares, o ChatBIT pode vir a desempenhar tarefas complexas, como planejamento estratégico, simulações e auxílio na tomada de decisões de comando. Embora os documentos revelem potencial para uso militar, não confirmam que o ChatBIT já tenha sido operacionalizado.

Apesar de seu código aberto, a Meta proíbe o uso do modelo Llama em contextos militares, bélicos ou de espionagem, conforme estabelecido em seus termos. A empresa reforçou essa proibição ao comentar o desenvolvimento do ChatBIT, que contraria as diretrizes estabelecidas. A Meta, contudo, enfrenta desafios para fiscalizar o uso de seu modelo, especialmente em países como a China, onde o desenvolvimento em IA é uma prioridade com investimentos superiores a US$ 1 trilhão, superando a meta dos EUA nesse campo.

Em meio às preocupações globais, a China continua a expandir suas capacidades em inteligência artificial, explorando novas fronteiras e aplicações estratégicas com uma determinação que levanta questionamentos sobre a segurança e o controle de tecnologias avançadas.